Carrego nas mãos
As marcas de ontem
Já perdi o medo
Pois aprendi
Aprendi a ser valente
Neste meu caminho
Muitas vezes sozinho
Mas cheguei aqui
Levei manotaços
Pois a vida é rude
Lutei como pude
E não me entreguei
Sem primaveras
No meu peito tapera
Vivia de sonhos
Mas tudo eu amei
Sonhei com liberdade
Mas não quis me enganar
Somos diferentes
Classes não são iguais
Hoje temo a distância
Que negaceia o passado
Onde laçava meus planos
Pra conquistar ideais
Levei manotaços
Por pensar igualdade
Me negaram espaço
Assim mesmo plantei
Não me importa o retorno
O importante é que eu fiz
Foi no timbre do Braço
Que sustentei a raiz.