Dentro de mim mora um dragão da maldade. Tem múltiplas facetas. Sempre travestido de almas diversas. Já foi aprisionado, já foi liberto. Conheceu a alforria e a vassalagem. Arranhou paredes e invadiu o inexpugnável. No dia de hoje - talvez só hoje - ele é personagem adestrado. Escorrega de vez em quando. De quando em vez ignora a voz de comando. E urra, e solta labaredas, mas queima pouco... O extintor da minha consciência parece estar em alerta, a apontar seu jato na direção do fogo que teima em jorrar de meus poros.
Mas cuido bem dessa insana criatura. O quero bem perto de mim. Assim até posso imaginar que o controlo e domino. Ou lhe deixo bicho solto, sem rédeas ou controle, a