N茫o sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, s贸 tenho alma.
Quem tem alma n茫o tem calma.
Desde crian莽a tive a tend锚ncia para criar em torno de mim um mundo fict铆cio, de me cercar de amigos e conhecidos que nunca existiram. (N茫o sei se realmente n茫o existiram, ou se sou eu que n茫o existo. Nestas coisas, como em todas, n茫o devemos ser dogm谩ticos.)
Desde que me conhe莽o como sendo aquilo a que chamo eu, me lembro de precisar mentalmente, em figura, movimentos, car谩ter e hist贸ria, v谩rias figuras irreais que eram para mim t茫o vis铆veis e minhas como as coisas daquilo a que chamamos, porventura abusivament
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