"O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte."
João Cabral de Melo Neto - Os Três Mal-Amados (Palavras de Joaquim)
"Já não se pode falar de amor
sem sonhar com uma colheita melhor para esses povos.
Já não se pode falar de amor
sem caminhar com a expectativa destes povos oprimid