Aquele moleque, que sobrevive como manda o dia-a-dia,
Tá na correria, como vive a maioria,
Preto desde nascença, escuro de sol.
Eu tô pra vê ali igual, no futebol.
Sair um dia das ruas é a meta final,
Viver descente, sem ter na mente o mal.
Tem o instinto que a liberdade deu,
Tem a malicia, que cada esquina deu.
Conhece puta, traficante e ladrão,
Toda raça, uma par de alucinado e nunca embaçou.
Confia neles mais do que na polÃcia,
Quem confia em polÃcia? Eu não sou louco.
A noite chega e o frio também,
Sem demora, ai a pedra,
O consumo aumenta a cada hora.
Pra aquecer ou pra esquecer,
Viciar, deve ser pra se adormecer,
Pra sonha, viajar, na paranoia, na escuridã