Não sou mais quem costumava ser. Não acredito tanto mais em tantas coisas que outrora acreditei.
Não vejo mais a vida com os olhos mesmos, apesar de ainda serem os meus mesmos olhos - só os óculos mudei.
Mas mudei também o que existia aqui dentro. Porque é na inconstância que continuamos errando, aliterando, gerundiando e até consertando os nossos próprios erros.
Afinal, é melhor ter o que consertar do que ser perfeito.
E perfeito eu nunca fui. Melhor que os outros eu nunca fui. O que fui ainda sou: uma criança, apesar de tão mudado, de tão crescido.
Não sou mais quem costumava ser.
E, em meio a tantos verbos, tantas palavras, tantos sons, tantos barulhos, tantos tantos