Não tinha vocação para poeta. Era apenas uma espiã dos sentidos que a conduzia na vida. Era desregrada até nos pés, que viviam soltos pela casa. Os cabelos pairavam na cabeça querendo voar, cada fio para um canto. Diziam que rebolava quando andava. Se era graça ou molejo ninguém nunca soube. Como nunca ninguém soube a confusão dos seus passos, que sempre tropeçavam em seus pensamentos que corriam mais que as ruas da cidade. E não gostava da cidade. Não se encaixava por ali. Mas guardava em segredo que viera de outra galáxia. Não gostava de estragar a simplicidade com títulos algum. Era do tipo que preferia que a vida acontecesse sem precisar que avisasse. E na verdade, não
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