São tantas as pessoas
Que habitam dentro de mim
Que quem olha, mas não me vê
Não tem idéia do que guardo aqui.
Tem uma que é filha, mulher, amante,
Meio insegura, meio estabanada,
Que não sabe demonstrar todo o carinho
E a maior parte acaba ficando guardada.
Tem a mãe que é irmã
Que se confunde com a esposa,
Que nunca sabe onde se colocar
Se ao lado, se dentro, se atrás,
Mas que no fundo, só sabe amar.
Tem a amiga, a companheira sincera,
Aquela com quem se pode contar,
Que leva consigo um pouco do anjo
Que dentro de mim cismou morar.
Tem a fada, a bruxa, o gnomo,
O duende brincalhão
Que volta e meia me mete em apuros
Escondendo alguma recordação.
Tem a cri